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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

REENCONTRANDO A FELICIDADE

REENCONTRANDO A FELICIDADE
DIREÇÃO: John Cameron Mitchell
ELENCO: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Sandra Oh e Diane Wiest
1 INDICAÇÃO AO OSCAR
Becca (Nicole Kidman) e Howie (Aaron Eckhart) são um casal feliz cujo mundo perfeito é mudado para sempre quando seu filho Danny, de 4 anos, é morto por um carro. Becca, uma executiva que virou dona de casa, tenta redefinir sua existência em um lugar surreal de família bem-intencionada e amigos. Dolorosas, pungentes, e muitas vezes engraçadas, as experiências de Becca vão levá-la a encontrar consolo em um relacionamento misterioso com Jason, um jovem e perturbado artista de quadrinhos que conduzia o carro que matou Danny.   
Facilmente alguém se emociona com uma história como essa. Porém, o que mais se vê em filmes com esta abordagem é o uso do momento da morte da criança para levar o público às lágrimas. O ponto forte de Reencontrando a Felicidade é ter um foco somente no estado de uma família após a perda de um membro de forma tão precoce. O drama do diretor John Cameron Mitchell não apresenta fatos 100% concretos, permitindo ao espectador o prazer de participar ativamente da história tirando suas próprias conclusões.

Em seu desenvolvimento, segue-se uma linha trazendo à tona vários sentimentos em seu mais alto grau. Enxerga-se a dor, que leva pessoas a cometer atos sem pensar (Frase de Becca no 1º encontro no grupo de pais); Insegurança, ao não saber agir em momentos onde encontra-se alguém que não gostaria (Becca e Jason na biblioteca); Incompreensão, ao não aceitar que coisas boas aconteçam com todos, menos consigo (Becca dando um presente de aniversário à sua irmã); Perdão, ao ver que deixar a revolta tomar conta de si só irá piorar a situação (A enigmática de Becca e Jason). Mas, mesmo quando o estado de espírito está no melhor patamar, sempre uma tragédia como essa leva a um único questionamento: Por quê?

Um cerne da aliança Produção/Direção/Roteiro é iniciar subtramas com fatos que beiram o descartável e manjado, mas, ao serem desenvolvidos e concluídos, o público percebe a grande importância deles para a história (A Prisão da irmã de Becca, o jovem no ônibus escolar) que convencem diante da proposta da obra sem apelar para o meloso.

No elenco, Aaron Eckhart mostra competência ao exibir um homem que traz consigo a responsabilidade de amparo ao próximo, mesmo quando ele é o necessitado. Diane Wiest (no papel da mãe de Becca) convence perfeitamente como uma mulher compreensiva, mesmo quando a exposição de uma frase de conforto resulta em uma resposta que ofende. 

Mas, tratando-se de elenco, quem brilha mesmo é Nicole Kidman (Indicada ao Oscar 2011 de Melhor Atriz por este filme). Criticada nos últimos anos pela suposto uso exagerado de botóx, que, consequentemente, teria atrapalhado suas últimas performances, ela dá a volta por cima por usar, de forma magistral, a expressão para admitir o seu real sentimento diante dos fatos em que se encontrava. Sutil em seu ponto máximo, Nicole Kidman ressuscita aquela carga dramática tão elogiada no início do Século XXI, que tem seu ápice no momento em que Becca vê Jason saindo com uma garota de sua idade. Nicole está de volta e com todos os méritos.

Com uma história de uma alma em luta após algo que parece ser insuperável, Reencontrando a Felicidade acerta ao mostrar todas as variações na vida de um pai e uma mãe após a morte de um filho. Sim, podemos buscar a normalidade ao estarmos próximos de um casal assim, já que tudo, direta ou indiretamente, faz com que recordemos algo triste. Logo, sofremos por eles, mesmo que sejamos um simples espectador vendo a um filme. O desfecho traz de forma brilhante o que o ser humano mais odeia fazer em um momento como esse: Deixar a vida continuar.

Fonte da Sinopse: CinePop    

7 comentários:

Alyson Santos disse...

Não gostei tanto quanto você do filme. Acho Nicole correta, assim como o longa num todo. Porém, não vejo uma atriz (dentre os filmes ao qual assisti) para entrar no lugar dela, dentre as cinco indicadas. Que assim seja, então. Mas, que é uma boa atuação que supera algumas anteriores isso é, mas acho mais seguro não criar expectativas para os próximos trabalhos da atriz.

Abraço!

Matheus Pannebecker disse...

Brenno, dessa vez discordamos completamente! Achei "Reencontrando a Felicidade" um filme apenas correto - e até morno. Fiquei com a sensação de que não quiseram pegar muito pesado no drama (como fez "O Quarto do Filho" ou "Entre Quatro Paredes") só para atingir a um público maior. Quanto a Nicole? Sua indicação ao Oscar é mais sobre o retorno dela do que sobre a interpretação em si... Mas será que é um retorno mesmo? O próximo filme dela é, err, com Joel Schumacher e Nicolas Cage..

Kamila disse...

Tenho a leve sensação de que irei adorar este filme. :)

ANTONIO NAHUD disse...

Ainda não assisti. Mas juntar com Nicole com Aaron é uma idéia - eles são ótimos.
Abraços

www.ofalcaomaltes.blogspot.com

Victor disse...

Mas que tradução mais esquecível. Caramba. Ainda não vi, mas com certeza verei por causa da Nicolle.

Dewonny disse...

Fala Brenno!
Sorry pelo sumiço, ando bem sem tempo!
Gostei desse filme, principalmente da Nicole q ressurge das cinzas e está de volta em bons filmes e com uma bela atuação dramática!
Espero q ela retome sua carreira, ofuscada por algumas bombas q ela esteve anteriormente!
Abs! Diego!

Maxwell Soares disse...

Olá, Breno. Excelente post. Acabei de lê-lo. Encontrei por um acaso. Estou adorando seu espaço. Fiz uma postagem deste filme, também, no blogger. É um filme de alta densidade psicológica. Um abraço...