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sexta-feira, 19 de abril de 2013

INIMIGOS PÚBLICOS

INIMIGOS PÚBLICOS
DIREÇÃO: Michael Mann
ELENCO: Johnny Depp, Christian Bale e Marion Cotillard

Nos anos 30, o FBI corre atrás de três famosos mafiosos (John Dillinger, Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd), durante a era da Depressão, quando uma onda de crimes assolou os Estados Unidos. Foi a partir daí que o FBI tornou-se a primeira agência federal de polícia do país, controlado por J. Edgar Hoover.




Eis um filme balado no ano de 2009, nos Estados Unidos, que foi lançado no mês de julho no Brasil – muito cedo para os padrões. O pior que poderia acontecer é terminar de ver o filme e considerá-lo abaixo das expectativas, e foi isso o que aconteceu. É louvável a transposição no conflito entre a polícia e o crime organizado logo após a crise de 1929, neste fato, Michael Mann acerta ao transpor uma célebre fragilidade da polícia que não conseguia sequer reconhecer um bandido que passa ao seu lado e, às vezes, tinha que apelar para os próprios criminosos para obterem êxito em seus casos, fato que entra em contraste com a atual polícia americana, que a mídia sempre faz questão de exibi-la como severa e impiedosa. O que comprova que uma crise financeira fora do controle de todo o planeta conseguia abalar vários fatores.

Apesar de dotado de fatos curiosos, o filme não entrega um roteiro convincente. No ano de 2005, no evento "Video Music Brasil" promovido pela emissora MTV, a cantora Pitty ao receber o prêmio de ídolo do ano, disse a frase: "Eu não sou ídolo de pedra, sou ídolo de carne, osso e coração", foi ovacionada pela plateia e se retirou do palco. O quê isso tem haver? Por acaso, alguém já contestou que ela era de pedra? Porque ela não continuou no palco e disse mais frases que idolatraria o seu público que a elegeu como ídola?... O fato é o seguinte: Nem sempre a união de palavras bonitas forma uma frase bonita e coerente, e esse erro foi cometido por Ronan Bennett, Michael Mann, Ann Biderman e Bryan Burrough em "Inimigos Públicos". A preocupação na estética foi grande e deu uma desnecessária complexidade ao roteiro.

Quanto ao elenco, Christian Bale pode muito bem ser considerado um ator de sorte, tudo bem que em todos os seus filmes ele apresenta uma singela corretice, porém, vale ressaltar que é interessante como que os escândalos em que ele se envolve em sua vida pessoal não interferem em seu modo de trabalhar (sorte esta que Ben Afleck e Jennifer Lopez não tiveram em "Contato de Risco"). Johhny Depp e Marion Cotillard apresentam atuações no máximo convincentes, eles conseguiram mostrar os altos e baixos de seus personagens de caráter nada admirável, só que faltaram firmeza e presença. Enquanto Cotillard se jogava em um fraco melodramatismo, Depp não conseguia dar mais agitação ao seu personagem que é uma espécie de Don Vito Corleone mais na ativa.

Tendo como maior trunfo o trabalho de sonoplastia, "Inimigos Públicos”, avaliado em si, pode até ser considerado um filme de história interessante - mas é praticamente um nada comparado a outros filmes do gênero.


 


Fonte da Sinopse: CinePop



*Esta postagem faz parte do acervo antigo do blogue e está no grupo de 20 textos que serão republicados.

2 comentários:

Matheus Pannebecker disse...

Lembro pouquíssimo desse filme. Marion ficou mais na minha memória, enquanto o Johnny Depp me decepcionou profundamente. Ele não tem jeito para papeis de "cara limpa", de homens comuns... Só acertou mesmo nessa composição com "Em Busca da Terra do Nunca".

Wanderley Teixeira disse...

É sempre bom ter pontos de vista divergentes. Elogiei bastante o filme na época e gostei principalmente pelas atuações do Johnny Depp e da Marion Cotillard, mas naum sei como veria o filme hj, ainda naum o revisitei...