ELYSIUM

ELYSIUM

DIREÇÃO: Neill Blomkamp

ELENCO: Matt Damon, Jodie Foster, Alice Braga e Wagner Moura.

No ano de 2159, existem duas classes de pessoas: os muito ricos, que vivem numa estação espacial imaculada construída pelo homem, chamada Elysium, e os demais, que vivem na Terra arruinada e superpovoada. As pessoas na Terra estão desesperadas para escapar da criminalidade e da pobreza do planeta, e precisam desesperadamente da assistência médica de ponta disponível em Elysium – mas alguns residentes de Elysium farão de tudo para impor o cumprimento das leis anti-imigração e preservar o estilo de vida luxuoso dos seus cidadãos. O único homem com alguma chance de trazer igualdade a esses mundos é Max (Matt Damon), um sujeito comum que precisa urgentemente chegar a Elysium. Com a sua vida em risco, ele assume a contragosto uma missão perigosa que o colocará cara a cara contra a Secretária Delacourt (Jodie Foster), de Elysium, e seu exército linha-dura. Se ele for bem-sucedido, entretanto, poderá salvar não só a sua própria vida, mas também a de milhões de pessoas na Terra.  

Neill Blomkamp é um cineasta que tem colhido bons frutos e tem sido bem celebrado para um recém-debutante no cinema. Mas, assim como todo e qualquer ser humano, ele não consegue agradar a todos. Em 2009, ele lançou a ficção científica Distrito 9 – filme bastante elogiado pela crítica e que emplacou 4 indicações ao Oscar. O longa de tal ano, traz a história de uma invasão alienígena na Terra, elucidando questões como xenofobia e segregação social. Eu não quero aqui tecer críticas a essa obra de Blomkamp, mas não nego que boa parte desse filme me fez dar boas gargalhadas pelo mundo ali proposto pelo cineasta em meio à sociedade de humanos e aliens, o que denota que objetivos centrais da obra não foram executados com tamanha precisão. Logo, para mim, Neill Blomkamp sempre foi bastante superestimado. E em Elysium (sua mais recente obra) minhas opiniões sobre ele em nada mudaram.

Só o fato de sua trama estar ambientada nos mesmos moldes de outras obras do diretor, Elysium já se mostra irregular de maneira direta, já que expõe uma falta de criatividade e incapacidade de explorar diversos ambientes artificiais e fantasiosos que diversos cineastas tanto conseguem propagar. Não entendo as razões de Neill Blomkamp em investir fielmente no desenvolvimento tecnológico do mundo, porém tratar tais avanços como um verdadeiro mal que levará a raça humana a impiedosas catástrofes que levará tudo e todos à destruição. E não, não estou exagerando em meus comentários. 

Outra dúvida que paira no ar é sobre o que o que a estação espacial Elysium tem de tão interessante para despertar o fascínio geral e fazer com que todos queiram ir para lá?! Sim, observa-se um lugar físico de tão grandiosa paz, e inegáveis conforto e bem-estar, porém, o que na teoria aparentava ser o local perfeito, na prática nada mais era que um lugar qualquer e que não estava imune dos diversos males que atingem qualquer localidade e qualquer sociedade. Mas se todos têm direito ao bom e ao melhor, então acompanhem meu raciocínio: Se a casa do seu vizinho é melhor que a sua, isso não quer dizer que você deva invadi-la e ir viver lá, caso contrário um crime de invasão estará sendo cometido. Isso, Neill Blomkamp faz de seus personagens uns criminosos natos, mesmo querendo exibi-los como meliantes arrependidos e dispostos a dar a tão celebrada volta por cima e exibir um novo e apreciável caráter.

Elysium só se mostra elogiável em seu trabalho de efeitos visuais e sonoros. O elenco um fraco Matt Damon, uma Alice Braga que não se renova, uma Jodie Foster travestida de Tilda Swinton e um exagerado Wagner Moura. E sem querer beirar o radical e polêmico, é Neill Blomkamp mostrando claramente quem ele sempre aparentou ser.

Fonte da Sinopse: CinePop