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quarta-feira, 5 de março de 2014

OSCAR 2014 - ANÁLISE


Desde 2009 que eu não ficava tão maravilhado com uma cerimônia do Oscar. Eis uma das surpresas mais agradáveis, visto que a dupla de produtores é a mesma que montou a trágica cerimônia de 2013, ou seja, tinha tudo pra ser um fracasso como foi aquela festa solta e desorganizada do ano passado. Graças a Deus eu estava errado.

Assim que Ellen DeGeneres foi anunciada como Mestre de Cerimônias do Oscar 2014, eu já havia dito que ela não se saíra muito bem em 2007, mas que essa segunda chance era mais que merecida. E a partir daí já se vê o acerto da produção. A festa deste ano conseguiu mostrar algo inédito e que deve persistir: A falta de formalidade no Oscar. Ok, continuamos ver todo o luxo de uma noite de gala, e isso é bom. Mas ninguém ali tava para posar de comportado e politicamente correto. E isso já se mostrou no momento em que Pharrell Williams cantou “Happy”, de Meu Malvado Favorito 2. Aonde que imaginaríamos Lupita Nyongo’o, Meryl Streep e Amy Adams arriscando uns passinhos de dança? Aonde que imaginaríamos toda a plateia se levantando pra dançar? Inédito, e foi diversão pura.

Ao invés de ficar cotando piadas, Ellen DeGeneres “foi pra galera”. O selfie com os astros já é histórico. Não pela foto ser a mais retuitada, mas pelo momento de descontração que vimos e que dava de perceber que os atores queriam aquilo. Lembre-se que Kevin Spacey e Jared Leto não foram chamados para foto, mas ali estiveram e abrilhantaram. E o pedido da pizza? Todo mundo comendo sem medo de ser feliz. Brad Pitt distribuindo pratos. Gorjeta de mil dólares para o entregador. É aqui que eu enalteço o nome de Cheryl Boone Isaacs, Presidente da Academia, que está colocando ordem na casa, ou até mesmo revolucionando, e fazendo a entidade ficar mais democrática. Nunca vimos tantos negros como apresentadores do prêmio. Essas boas mudanças têm que continuar. Mesmo que Cheryl não se perpetue no poder (o que é o óbvio), mas ela deixará uma lição pra quem ocupar esse mesmo cargo.

E mesmo que o tema de super-heróis não tenha sido tão bem trabalhado, mas este tal problema foi bem ofuscado pela linda homenagem a O Mágico de Óz e um In Memorian emocionante, e que contou com uma interpretação inspirada de Bette Midler.

Sobre os vencedores, não tenho nada do que me queixar. Nem todos os meus preferidos venceram, mas não houve uma escolha absurda. Neste momento enalteço o nome de Alfonso Cuaron, primeiro latino-americano a vencer o Oscar de Melhor Direção, por Gravidade – filme que venceu 7 prêmios no total.  Lembro-me de quando escrevi sobre o filme, eu disse o seguinte: “Pessoalmente falando, amo o meu país, mas confesso que tenho mais orgulho em ser latino-americano do que ser brasileiro, e testemunhar o que Alfonso Cuaron fez pela sétima arte só engrandece essa minha satisfação, visto que só a ideia em si do filme já não era brincadeira, e ainda colocá-la em prática e reunir as pessoas certas reproduzindo uma obra impecável em todos os sentidos é de se encher os olhos“.

Enfim, um Oscar para eu nunca esquecer. Para ver a lista completa de vencedores, clique aqui.



1 comentários:

Anônimo disse...

#Gravidade