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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A TEORIA DE TUDO


A TEORIA DE TUDO
DIREÇÃO: James Marsh
ELENCO: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior, Sophie Perry, Finlay Wright-Stephens, Harry Lloyd, David Thewlis, Thomas Morrison, Michael Marcus, Gruffudd Glyn.


Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide (Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa,  quando ele tinha apenas 21 anos.


Muito se prega que cinebiografias devem ser feitas quando o personagem principal da obra já tiver morrido, pois há uma evidente preocupação de que o público e até mesmo o crítico confundam a qualidade do filme com o conceito que se tem com o homenageado enquanto ele ainda está em vida. Mas isso não é mandamento e muitas pessoas, inclusive muito jovens, já tem suas histórias adaptadas para as telonas. Eis que no atual circuito hollywoodiano muito se tem bem comentado sobre A Teoria de Tudo, que fala sobre o renomado físico Stephen Hawking, que felizmente ainda está entre nós honrando sua condição de homem mais inteligente do Mundo.

É fato que a vida dele é algo fascinante em cada um de seus segmentos, mas é praticamente inevitável chegar ao fim da obra e deixar vir a tona que, em sua essência, A Teoria de Tudo é um filme que possui irregularidades. Dirigida por James Marsh (vencedor do Oscar de Melhor Documentário com O Equilibrista, em 2009), a trama segue uma linha expondo o acadêmico que encontra o amor em uma jovem, e posteriormente tem sua inteligência abraçada por uns professores e rejeitada por outros, talvez por motivos pessoais. Óbvio que há também o destaque à grave doença motora degenerativa que trouxe a ele muito medo e insegurança, mas nunca a obra desmerece sua visibilidade mundial como físico e respeita a vida pessoal dele dos últimos 30 anos sem querer escancarar, nem criminalizar ou vitimizar nada. Então por qual motivo trata-se de um filme irregular? As coisas acontecem rápidas demais. Muitos atos se encerraram com a necessidade de um melhor desenvolvimento ou de uma conclusão mais precisa. Se fosse convertido para um texto, provavelmente o filme seria um fichamento e não dos melhores. Mas A Teoria de Tudo tem um ponto positivo: a espetacular trilha sonora composta pelo pouco conhecido Johann Johannsson. Linda ao seu extremo, permitindo que o espectador se deixe contagiar por ela enquanto observa o que há de feliz e triste na estrada da vida de Hawking, tendo um papel decisivo para não permitir que o filme torne-se desgastante.

No papel do físico, quem ainda não pôde conferir A Teoria de Tudo deve se preparar para uma performance impecável de Eddie Redmayne. Com toda a sutileza da juventude britânica (o ator não é tão novo o quanto parece) ele expõe o que há de normal em um garoto que adentra a faculdade, sem estar desligado das manias que a idade prega, e no momento em que o personagem contrai a esclerose lateral amiotrófica e passa a ter o trejeito atual que o mundo inteiro conhece, Eddie abre mão do enlace de imitação com caricatura e se deixa levar pelo emocional de Hawking, entregando posturas verdadeiras a cada ato. É evidente que é mais do que compreensível e merecido vermos Redmayne como um dos cotados a ser indicado ao Oscar 2015 de Melhor Ator por esse filme. O que não me parece compreensível é ver as mesmas apostas para Felicity Jones no que diz respeito ao prêmio de Melhor Atriz. Longe de mim desmerecê-la, pois não está ruim, mas a Jane (primeira esposa de Hawking) é uma mulher guerreira, que abriu mão daquilo que a vida poderia lhe proporcionar e no final pode até muito bem ser considerada como injustiçada. Mas em momento algum nota-se uma presença muito marcante em cena de Felicity, em meio a um elenco eficaz, o que pode denotar que o personagem foi maior que a própria atuação da jovem atriz, que é talentosa e tem muito a contribuir com a sétima arte.

A Teoria de Tudo é um filme que poderia ter entregue coisa melhor. Quem sabe no futuro, obedecendo-se aquilo que eu expus no primeiro parágrafo, poderemos nos deparar com um filme mais satisfatório sobre a vida de Stephen Hawking. Mas a produção aqui comentada não é esquecível, por conta de sua bela trilha sonora e do impecável trabalho de seu protagonista. Neste atual período anual, que é o preferido dos cinéfilos, há de se acreditar que o filme colherá alguns louros, e, diante disso, há de se torcer que tal colheita seja feita por Eddie Redmayne.

Fonte da Sinopse: Adoro Cinema



2 comentários:

Anônimo disse...

Achei um porre, rs - quer dizer, nem tanto assim, o filme é bom, os protagonistas estão bem ... mas nada além disso, superestimado demais pelo público.

RunAwards.
runawards.blogspot.com.br

Brenno Bezerra disse...

Chris - Não, meu caro. Não é para tanto chamar de porre, mas poderia ter sido um filme melhor preparado. Mesmo assim não é ruim.

Abraços