STAR WARS - O DESPERTAR DA FORÇA
DIREÇÃO: J.J. ABRAMS
ELENCO: Daisy Ridley, John Boyega, Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill
Rey (Daisy Ridley) e Finn
(John Boyega) encontram um sabre de luz que é uma verdadeira relíquia, e acaba
tornando-se mais surpreendente quando eles dão conta que ele pertence a Luke
Skywalker (Mark Hamill). Decididos a devolver o artefato ao dono, eles se
juntam a Hans Solo (Harrison Ford) e a Princesa Leia (Carrie Fisher), que
buscam reaproximação do filho.
Sem a necessidade de seguir
nenhuma ordem cronológica, a saga Star Wars entregou, até então, seis filmes,
tendo o seu ápice nas três produções das décadas de 1970 e 1980, que ditaram uma
revolução na concepção cinematográfica, principalmente no que diz respeito aos
efeitos visuais, nunca antes vistos na indústria. Méritos que engrandeceram
ainda mais o nome do diretor George Lucas. Porém, se formos avaliar a
atualidade, somos obrigados a concordar com a crítica Isabela Boscov, que classifica
Lucas como um cineasta com visão de futuro, mas que vive do passado.
Após não tão bem sucedidos 3
filmes em 1999, 2002 e 2005, a saga Star Wars ficou dez sem exibir um novo
episódio, mas para o delírio dos fãs mortos de saudade, foi anunciado esse O
Despertar da Força. George Lucas, como um bom artista que entende que existem ciclos
e que o ideal é sair no auge, entregou a direção para J. J. Abrams, que em
momento algum despertou desconfiança por parte do público, já que ele é o
responsável pela recente franquia Star Trek e pelo seriado Lost.
Centrando o poderio benevolente
nos personagens Rey e Finn, a produção teve o desprazer de ver reações
negativas antes do seu lançamento, por se tratarem de um negro e de uma garota,
autenticando uma realidade muito racista e misógina que inacreditavelmente
estamos vivendo. Sem se deixar levar pelos ataques, Abrams reforça o poderio de tais personagens no filme, sem censurar-se a explorar a inteligência e o caráter
humano, fazendo deles peças fundamentais nessa positiva reformulação que o
cineasta dá para a obra, que mesmo criando um verdadeiro time de temíveis
vilões, sabe explorar a astúcia dos mocinhos, que encaram seus desafios com
firmeza, tornando bastante interessantes cada duelo e reforçando as geniais, e
algumas delas até surpreendentes, cenas de ação, que só beneficiam o filme, que
desde sempre esteve predestinado ao sucesso.
Star Wars – O Despertar da
Força, mesmo propondo inovação, não se esquiva de utilizar da essência das
características tradicionais, mas não que isso seja uma ode à franquia para não
decepcionar os fãs, mas sim porque os dotes clássicos tinham muito a somar na
nova cara da saga. A própria entrada do Hans Solo e da Princesa Leia neste filme
justifica isso. O roteiro bem orquestrado pelo diretor da obra, em parceria com
Lawrence Kasdan e Michael Arndt (este último é o responsável pela deliciosa
comédia Pequena Miss Sunshine), cria nos mais antigos personagens uma
verdadeira divindade mitológica, passível de grande admiração por parte dos mais novos,
que acabam dando as mãos a eles, para o enfrentar dos desafios que os aguardam. E para não dizer que o ápice da trama esteja no novo e reafirmando a força dos personagens de quase 40 anos atrás, faz-se justo elucidar o quão
impactante foi uma cena de reencontro entre dois tradicionais, onde a covardia
do antagonismo também impôs tons emocionais ao filme.
Aprimorando ainda mais a
quinta grandeza do trabalho de efeitos visuais, J. J. Abrams entrega um novo
Star Wars memorável e com cenas impecáveis, que dão autenticidade a algo que
aponto há 6 anos: No quesito cinema de ação e de ficção científica, Abrams é o
cineasta número 1 do Mundo. Bastante seguro daquilo que ele pode oferecer para
um filme, ele tem a perspicácia de entregar um grande trabalho, mesmo sem explorar
o talento do ótimo ator sueco Max Von Sydow e a fisionomia da badalada atriz
queniana Lupita Nyongo’o. Valeu a pena esperar por 10 anos e transformar um
novo Star Wars em uma autêntica obra de louvor para os fãs, e em uma nova
paixão para quem foi conferir o filme por pura curiosidade. Uma película bem
reformulada, inclusive com mais uma linda trilha sonora de John Williams. E o
reencontrar de inoxidáveis nomes, nos faz mirarmos em apenas um: Hans Solo. Não
há nada que faça alguém perder o elo com ele, pois o tempo pode passar e o roteiro
pode pregar o que quiser, mas sempre qualquer apreciador se virará para ele e
ecoará: “Que a força esteja com você”.
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