LOOPER - ASSASSINOS DO FUTURO
DIREÇÃO: Rian Johnson
ELENCO: Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis, Emily Blunt, Piper
Perabo, Paul Dano, Garret Dillahunt, Jeff Daniels, Tracie Thoms, Noah Segan,
David Jensen.
O complexo enredo de Looper
- Assassinos do Futuro é ambientado em um futuro próximo, onde um grupo de
assassinos -- conhecidos como Loopers - trabalham para um sindicato do crime.
Eles são enviados do futuro para o presente, para matarem criminosos antes que
os crimes sejam cometidos. Mas quando um deles descobre que foi enviado para o
passado para matar a si mesmo, o sistema começa a ser questionado.
Numa atual guerra entre o tradicionalismo e o ousado, muito
se diz que os que optam pelo segundo são os novos gênios, aqueles que possuem
uma inteligência acima do normal. Longe de mim e de todos discordar dos que
pensam assim, mas, em pleno Século XXI, ter visões modernas e futurísticas
deveria ser uma obrigatoriedade, e aqueles que ainda investem no
tradicionalismo poderiam ser tranquilamente considerados retrógrados corretos.
Filmes com enredos complexos já são uma realidade. Acertar no tom de cada um deles
não é para todos, mas, para a alegria geral da nação, em sua maioria, os
resultados são positivos. Looper –
Assassinos do Futuro está aí para comprovar.
O filme inicia apostando mais em sua ideia central por expor
um sindicato do crime que volta ao tempo para exterminar aqueles que viriam a
cometer crimes no futuro. Fica muito bem claro que aí se exibem as regras do
dito “jogo”, não só no espírito justiceiro dos ligados ao grupo, mas a
exposição da ameaça que os bandidos reais representam para uma sociedade, além
de deixar bem claro as punições necessárias para àqueles que falharem acidental
ou propositalmente na tarefa de proteger a cidade. Com o espectador já a par da
situação, ao mesmo tempo em que se entrega uma trama inteligente com
sensacionais sequências de ação, Looper
começa a exibir humanidade em seus personagens, humanidade essa sobrevivente a
passado, presente e futuro. A partir desse momento, na arte de adentrar a
cabeça das pessoas, começa-se a colocar os atos na balança e definir o que, de fato,
tem mais cabimento: Uma merecida penalidade por parte do sindicato do crime ou
efetuar ali uma nova guerra na qual o sindicato passa a estar errado. Daí vem a
sensatez de saber julgar os personagens e ver se as decisões tomadas foram as
mais cabíveis. Não precisa temer estar errado, afinal, toma unanimidade é
burra, já dizia Nelson Rodrigues.
Quem acaba mais se destacando no elenco é Emily Blunt, que,
no papel de uma mãe solteira, mantém uma autêntica brilhante atuação em meio a
uma personagem que protetora, exibindo uma dureza, mas com bons toques de
emoção e temor. Emily, que merece ser lembrada no período das premiações por
este filme, faz uma dupla impecável com o garoto Pierce Gangnon,
que rouba a cena, incorporando a infantilidade e o enigmático existentes em seu
personagem. O que eu não consigo entender é o motivo de tanta louvação a
performance de Bruce Willis. Curioso fiquei, e, ao término, decepcionado
também. Sem nenhum exagero, o que ele apresenta em Looper em pouco se difere de Jason Statham em Carga Explosiva. O pior é vê-lo sendo mais valorizado do
que o sempre competente Joseph Gordon-Levitt que mesmo não estando na melhor
das suas atuações, apresenta-se notavelmente superior.
Quem diria que um dia houvesse uma redenção aos filmes de
ação, que, hoje, felizmente em sua maioria, estão sendo agradáveis. Looper é um
filme rodeado de objetivos, e consegue explorá-los perfeitamente com um roteiro
bem elaborado aliado a um ritmo digno dos filmes do gênero que têm dado certo,
e faz dele totalmente merecedor das louvações recebidas. As surpresas como Looper
estão só se multiplicando, e mesmo que muitos desses filme detenham
ingredientes que não agradam as todos, o saldo continua sendo o mais
satisfatório possível fazendo assim com que todo revejam os seus conceitos.
Fonte da Sinopse: CinePop



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