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domingo, 28 de outubro de 2012

LOOPER - ASSASSINOS DO FUTURO

LOOPER - ASSASSINOS DO FUTURO
DIREÇÃO: Rian Johnson
ELENCO: Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis, Emily Blunt, Piper Perabo, Paul Dano, Garret Dillahunt, Jeff Daniels, Tracie Thoms, Noah Segan, David Jensen.
 
O complexo enredo de Looper - Assassinos do Futuro é ambientado em um futuro próximo, onde um grupo de assassinos -- conhecidos como Loopers - trabalham para um sindicato do crime. Eles são enviados do futuro para o presente, para matarem criminosos antes que os crimes sejam cometidos. Mas quando um deles descobre que foi enviado para o passado para matar a si mesmo, o sistema começa a ser questionado.

Numa atual guerra entre o tradicionalismo e o ousado, muito se diz que os que optam pelo segundo são os novos gênios, aqueles que possuem uma inteligência acima do normal. Longe de mim e de todos discordar dos que pensam assim, mas, em pleno Século XXI, ter visões modernas e futurísticas deveria ser uma obrigatoriedade, e aqueles que ainda investem no tradicionalismo poderiam ser tranquilamente considerados retrógrados corretos. Filmes com enredos complexos já são uma realidade. Acertar no tom de cada um deles não é para todos, mas, para a alegria geral da nação, em sua maioria, os resultados são positivos. Looper – Assassinos do Futuro está aí para comprovar.

O filme inicia apostando mais em sua ideia central por expor um sindicato do crime que volta ao tempo para exterminar aqueles que viriam a cometer crimes no futuro. Fica muito bem claro que aí se exibem as regras do dito “jogo”, não só no espírito justiceiro dos ligados ao grupo, mas a exposição da ameaça que os bandidos reais representam para uma sociedade, além de deixar bem claro as punições necessárias para àqueles que falharem acidental ou propositalmente na tarefa de proteger a cidade. Com o espectador já a par da situação, ao mesmo tempo em que se entrega uma trama inteligente com sensacionais sequências de ação, Looper começa a exibir humanidade em seus personagens, humanidade essa sobrevivente a passado, presente e futuro. A partir desse momento, na arte de adentrar a cabeça das pessoas, começa-se a colocar os atos na balança e definir o que, de fato, tem mais cabimento: Uma merecida penalidade por parte do sindicato do crime ou efetuar ali uma nova guerra na qual o sindicato passa a estar errado. Daí vem a sensatez de saber julgar os personagens e ver se as decisões tomadas foram as mais cabíveis. Não precisa temer estar errado, afinal, toma unanimidade é burra, já dizia Nelson Rodrigues.

Quem acaba mais se destacando no elenco é Emily Blunt, que, no papel de uma mãe solteira, mantém uma autêntica brilhante atuação em meio a uma personagem que protetora, exibindo uma dureza, mas com bons toques de emoção e temor. Emily, que merece ser lembrada no período das premiações por este filme, faz uma dupla impecável com o garoto Pierce Gangnon, que rouba a cena, incorporando a infantilidade e o enigmático existentes em seu personagem. O que eu não consigo entender é o motivo de tanta louvação a performance de Bruce Willis. Curioso fiquei, e, ao término, decepcionado também. Sem nenhum exagero, o que ele apresenta em Looper em pouco se difere de  Jason Statham em Carga Explosiva. O pior é vê-lo sendo mais valorizado do que o sempre competente Joseph Gordon-Levitt que mesmo não estando na melhor das suas atuações, apresenta-se notavelmente superior.

Quem diria que um dia houvesse uma redenção aos filmes de ação, que, hoje, felizmente em sua maioria, estão sendo agradáveis. Looper é um filme rodeado de objetivos, e consegue explorá-los perfeitamente com um roteiro bem elaborado aliado a um ritmo digno dos filmes do gênero que têm dado certo, e faz dele totalmente merecedor das louvações recebidas. As surpresas como Looper estão só se multiplicando, e mesmo que muitos desses filme detenham ingredientes que não agradam as todos, o saldo continua sendo o mais satisfatório possível fazendo assim com que todo revejam os seus conceitos.

Fonte da Sinopse: CinePop

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