2012
DIREÇÃO: Roland Emmerich
ELENCO: John Cusack, Chiwetel Ejiofor, Danny Glover, Thandy Newton e Woody Harrelson
Séculos atrás, os maias nos deixaram o seu calendário, com
uma data final em um dia determinado e tudo o que isso sugere. Desde então,
astrólogos o discutiam, numerólogos encontraram padrões que o preveem, geólogos
dizem que a Terra se encaminharia para isso e nem os cientistas do governo
podem negar que um cataclismo planetário de proporções épicas se anunciava para
2012. A
profecia que surgiu a partir dos maias já se encontra hoje bem documentada,
debatida, destrinchada, analisada e concluída.
A palavra mais cabível é clichê. Sim, muitos já falaram
isso, mas não tem como ver "2012" e não achar que são bastante
familiares alguns acontecimentos do desenrolar do filme. O astro principal do
filme, John Cusack, tem a sua família quase idêntica a de Tom Cruise em
"Guerra dos Mundos". Também é muito sensato admitir que esses erros
não comprometem tanto o andamento do filme. Realmente existe o envolvimento do
espectador com os personagens, o espectador se amedronta por eles, se emociona
por eles, se diverte por eles ... O apelo feito através do magnífico trabalho
de efeitos visuais consegue contagiar e não torna o conferimento do filme um
ato de arrependimento do início ao fim, porém obrigo-me a concordar com Isabela
Boscov quando a mesma diz que só mesmo na cabeça de Rolland Emerich que dá para
se discutir relação enquanto o mundo está acabando.
Quanto ao elenco é de
se admirar (não louvar) o trabalho de todos, pois é bastante visível o
envolvimento de cada ator com o seu personagem. Porém, levando em consideração
o grau de dificuldade, pode-se atribuir grau zero à todos, pois personagens
iguais a estes já existiram em muitos e muitos filmes. Para não deixar ninguém
de fora, vale aplaudir o carisma emotivo de Danny Glover, Chiwetel Ejiofor e
Thandie Newton.
Por mais que esteja longe de ser uma grande obra,
"2012" tem seus momentos interessantes ao adaptar divertidamente
pessoas da atualidade para o filme (destaque aos presidentes dos países
participantes da cúpula do G8), consegue entreter e faz uma profunda e
amedrontante abordagem na teoria maia sobre o fim do mundo no ano título do
longa. Para vê-lo precisa-se principalmente de espírito forte, pois pessoas de
espírito fraco podem ter sérios problemas psicológicos com esse filme, verdade
seja dita. Destaque melhor: a bela canção "Time for Miracles", que
merecia ter sido indicada ao Oscar 2010.
Fonte da sinopse: CinePop
*Esta postagem faz parte do acervo antigo do blogue e está
no grupo de 20 textos que serão republicados.



1 comentários:
Acho esse filme uma desgraça (han, han) completa. Rolland Emmerich desaprendeu a fazer filmes divertidos sobre o fim do mundo como "O Dia Depois de Amanhã". Para mim, "2012" foi um verdadeiro exercício de paciência!
Postar um comentário