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quarta-feira, 26 de junho de 2013

O GRANDE GATSBY


O GRANDE GATSBY
DIREÇÃO: Baz Luhrmann
ELENCO: Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan, Tobey Maguire e Isla Fisher


O Grande Gatsby conta a história do aspirante a escritor Nick Carraway (Tobey Maguire) que sai do centro-oeste e chega à Nova York na primavera de 1922, em meio a uma era de falta de moral, do ápice do jazz, dos reis beberrões e de ações exorbitantes. Perseguindo o sonho americano, Nick acaba vizinho de um misterioso e festeiro milionário, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), além de conhecer sua prima Daisy (Carey Mulligan) e seu marido mulherengo e de sangue azul, Tom Buchanan (Joel Edgerton). É assim que Nick é atraído para o mundo cativante dos super-ricos, cheio de ilusões, amores e decepções. Enquanto Nick é testemunha, dentro e fora do mundo que habita, ele escreve um conto de um amor impossível, sonhos puros e muita tragédia, criando um reflexo das nossas lutas e tempos modernos.


Incrível a grande diferença de tempo entre os filmes de Baz Lurhmann. Citando como exemplo Moulin Rouge – Amor em Vermelho (2001), Austrália (2008) e O Grande Gatsby (2013). Não que seja um caso raro no cinema, mas acaba sendo interessante perante o que se vê hoje: diretores renomados ou não entregando trabalhos anuais para a sétima arte. O que acaba soando positivamente para Baz é a grande expectativa que se põe em suas obras, chegando até a levar a apostas mundo afora que seu novo projeto será um dos melhores. E não me surpreenderei se isso for perpétuo, mesmo estando ele entregando obras-primas como Moulin Rouge, obras falhas como Austrália, e obras regulares como O Grande Gatsby.

Talvez o diretor tenha aprendido uma lição pelos seus dois filmes lançados na primeira década do século XXI, e em sua mais nova obra tenha colocado todos os ingredientes que deram certo em Moulin Rouge. Não é exagero fazer uma comparação entre as duas obras. Em O Grande Gatsby, um jovem escritor muda de cidade visando crescimento profissional, acaba adentrando um lugar onde respira-se festa e diversão durante 24 horas por dia, e  vemos a concretização de um encontro e de uma paixão supostamente proibida através de muito esforço.

A sensação de que já se viu esse filme em algum lugar é inevitável, mas concorda-se que não existe ali uma cópia descarada, porém, querendo evitar tal feito, Baz Luhrmann entrega uma trama simples, onde as coisas acontecem da maneira mais fácil possível, e pontos do filme levam a comportamentos incoerentes de seus personagens – vide a insegurança, timidez e medo de Jay Gatsby diante do sujeito que o filme faz questão de exibir desde o seu início.

Mas também não é o caso de dizer que O Grande Gatsby é um filme ruim. Até mesmo porque Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire estão muito bem, e Luhrmann leva a história em meio a uma parte técnica espetacular. Destacando a fotografia de Simon Duggan traz brilhantes toques de tradicionalismo aliados a força das cores de um ambiente muito vivo onde passa-se o filme, e neste quesito louva-se principalmente mais um trabalho impecável de Catherine Martin (esposa do diretor) no figurino e na produção do design, e comparando este com seus anteriores e ótimos trabalhos que, por sinal, já lhe renderam 2 Oscars, observa-se em O Grande Gatsby um uso grandioso do luxo que só faz mais da obra um verdadeiro deleite visual.

Filme de estreia no último Festival de Cannes, O Grande Gatsby, desde a França vem dividindo opiniões, e em minha modesta opinião este ato nunca é positivo, e naquilo que muito se aguardava de uma obra em que Baz Lurhmann estaria mostrando toda aquela competência que talvez apenas Isabela Boscov não consegue enxergar, eis que o trabalho de sua esposa coloca o de qualquer outro profissional da fita no bolso. 

Fonte da Sinopse: CinePop


2 comentários:

Kamila disse...

"O Grande Gatsby" tem alguns destaques como o elenco, porém o roteiro prejudica - e muito - o filme. De todo jeito, a parte técnica, como é de costume nos filmes de Baz Luhrmann, enche os nossos olhos.

Alex Gonçalves disse...

Ao menos nos três dos cinco filmes do Luhrmann que vi, os aspectos técnicos não me soaram tão extravagantes como todos adoram criticar. Só acho que as suas histórias me um tanto "over". Não dá para esperar um Luhrmann diferente em "O Grande Gatsby". Ainda assim, quero vê-lo, pois li o romance do Fitzgerald no semestre passado e gostei.