Ads 468x60px

.

domingo, 31 de maio de 2015

VELOZES E FURIOSOS 7


VELOZES E FURIOSOS 7
DIREÇÃO: James Wan
ELENCO: Paul Walker, Vin Diesel, Michelle Rodriguez, Jason Statham, Ludacris, Dwayne Johnson, Djimon Hounson e Kurt Russell 


Sempre é bom haver uma segunda chance, e até para um ser veloz e furioso esse mandamento vale. Com isso, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker) e Letty (Michelle Rodriguez) retornam aos Estados Unidos, com o intuito de recomeço. Mas para a ingrata surpresa deles, eis que aparece Ian Shaw (Jason Statham) para vingar a morte de seu irmão. É aqui que eles têm que voltar à ativa para um combate em prol da vida deles, em que ser um grande piloto não é suficiente.


Paul Walker certa vez disse: “Se um dia a velocidade me matar, não chore, saiba que morri sorrindo”. Sorrir é inconcebível, pois ver uma vida chegar ao fim de maneira trágica e tão precocemente, é algo onde é impossível evitar a tristeza. Particularmente, é preferível lembrar de sua carreira como ator no lindo filme Anjo de Vidro, mas é lógico que a franquia Velozes e Furiosos é o ápice de sua carreira, por isso não é nenhuma surpresa que o sétimo filme da linha e último de Walker tenha alcançado números astronômicos de bilheteria.

Mas é válido afirmar que a grande arrecadação dos outros seis provém de uma classe de fãs que confundem amor aos carros e a velocidade com rachas e atitudes irresponsáveis no trânsito, assim como muitos fãs de luta preferem colocar no alto aquele tal de MMA, onde é tratado como fantástico o chutar a cara do sujeito e fazê-lo desmaiar instantaneamente. Eis um público assustador, mas que sempre dará dinheiro para essas obras (e esses esportes). Logo trabalhar a qualidade de uma película não seria nenhuma obrigação, e Velozes e Furiosos nunca entregou uma boa trama. Neste sétimo filme não seria diferente.

Dirigido pelo malaio James Wan, da série Sobrenatural e do terror Annabelle, Velozes e Furiosos 7 é ação do início ao fim, com atos impressionantes de luta corporal, mostrando o poderio físico dos personagens, mesclando isso com a força dos veículos sobre rodas, onde suas potências parecem nunca estarem limitadas e que, bem conduzidos, podem mostrar uma eficácia e surpreendentes artifícios para a resolução de duelos que engradecem filmes do gênero. E vale elogiar o crescimento da franquia na ala dos efeitos visuais e sonoros (principalmente esse último) que revelam um alto nível na concepção do mesmo e algo para se levar bem a sério nesse filme ágil.

O quê? Como assim? Brenno Bezerra criticou o filme num parágrafo e teceu elogios no outro? Vejam bem, a verdade é que esse filme é tanta ação, tanta porrada, tanto tiro e (claro) tanta velocidade, que eu tive que recorrer a sinopse para saber do que se tratava mesmo a obra, pois a mesma não deixa claro. A inserção de Jason Statham e Dwayne Johnson só foi para alimentar o aumento de lutas no filme, porém, mesmo com personagens importantes, refazer um roteiro e tirando esses papéis, não traria tantos prejuízos para um conteúdo que pouco quis mostrar. E o que o Djimon Houson estava fazendo ali mesmo? Logo, são 2 horas e 17 minutos de perguntas a la "O que é isso?", pois muitos atos beiram o exagero, tamanha falta de controle da produção em uma obra 100% crua, que trabalha a tecnologia de maneira lógica aqui e artificial lá, em um único ambiente. Também não é ridículo dizer que trata-se de um filme fácil de ser concebido, já que a fórmula está na cara e a aceitação financeira vem rápido.

E trabalhando uma perspicácia inacreditável dos personagens ao encararem, pela primeira vez, grandes inovações da tecnologia sobre rodas, como carros voadores amparados por paraquedas, Velozes e Furiosos 7 chega ao cúmulo da cara de pau de passar uma fase da obra no Oriente Médio, em notabilíssimas coincidências com o que Missão Impossível 4 exibira em 2011, e que piora quando o filme entrega uma grande luta entre Michelle Rodriguez e Ronda Rousey, que foi uma cópia cara e bem feita de Paula Patton e Lea Seydoux, mas que não deixou de ser uma cópia.

Concluindo sua produção com uma evolução de suas máquinas ao estilo Transformers e Power Rangers, Velozes e Furiosos 7, mesmo com uns perdoáveis errinhos de continuidade e de efeitos na concepção digital de Paul Walker, e com uma trama forte na ação e perdida nos objetivos, emociona com um belo tributo ao ator e a década na qual ele se dedicou a franquia, que tanto enalteceu seu nome na indústria cinematográfica. Mas lembrem-se que Paul Walker entregou coisa melhor e mais interessante na sétima arte do que essa falha linha, que, sem nenhuma surpresa, confirma que haverá o oitavo filme da série, que, amparada por uma gigantesca legião de fãs, tem seu sucesso comercial garantido, já que atualmente, diferente de décadas passadas, quantidade e qualidade não são sinônimos de jeito nenhum.      


1 comentários:

Anônimo disse...

Péssimo, uma catastrófe ambulante ... quase tão ruim quanto o quinto filme, cheio de cenas de ação MUITO MENTIROSAS ... personagens canastrões, da até desgosto de assistir;

Movies Eldridge
http://movieseldridge.blogspot.com.br/