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sábado, 27 de junho de 2015

JURASSIC WORLD - O MUNDO DOS DINOSSAUROS



JURASSIC WORLD - O MUNDO DOS DINOSSAUROS
DIREÇÃO: Colin Trevorrow
ELENCO: Chris Pratt e Bryce Dallas Howard


A Costa Rica, famoso país da América Central, é o palco desse filme que dá continuidade a famosa franquia iniciada no início da década de 1990. O Jurassic Park é aberto ao público, que acompanha números performáticos e até passeiam perto dos dinossauros. Porém, projetos científicos feitos nesses seres extrapolam o limite e eles passam a ser uma séria ameaçada a sociedade.


A linha de filmes Parque do Dinossauros marcou o cinema, sendo bastante celebrada até hoje, mas é bom ressaltar que ela jamais foi sinônimo de qualidade, e sim um novo avanço para a parte técnica cinematográfica, que até então parecia ter estagnado após o Guerra das Estrelas. Com uma escassez de filmes com o tema jurássico, talvez a ideia tenha sido não deixá-los em extinção também na sétima arte, ou então nada disso. Mas ninguém pode dizer que um filme assim não seja bem vindo.

A trama tem positivamente em sua consciência de que trata-se de uma sequência e traz fidelidade ao tempo, exibindo avanços tecnológicos e reais para como seria a reinserção dos dinossauros na atualidade, assim como o montar de um parque temático de primeiro mundo com artifícios inovadores não difíceis de existirem e que não chocam. É nesse ponto que mostram-se bastante louváveis os efeitos visuais e sonoros, que não perdem a supremacia já conhecida.

Agora nem os pontos que poderiam dar um ar mais positivo na construção de um filme de ação são suficientes para salvar a obra. Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros é extremamente cansativo, numa aliança de clichês com a própria falta de explicação dos fatores ali envolvidos.

Não dá pra engolir tão bem um casal à beira de um divórcio, com seus dois filhos, sendo que um deles é uma criança apaixonada por aventura e o outro é um adolescente com incontroláveis impulsos adúlteros, que são enviados para passar as férias com a tia, que se não é chata, pelo menos é desligada, e claro que acaba tendo uma quedinha amorosa pelo malandro expert no assunto trabalhado no filme. Este último caso é bem a cara da Uhura e do Kirk de Star Trek. Ou seja, algo que todos já viram em diversos filmes e sendo muito mal usado, se mesclando a uma concepção de trama em cima dos “animais-vilões” que são daquele jeito porque têm que ser assim, afinal, caso contrário os objetivos da produção não seriam supridos. As mutações genéticas sofrida pelos mesmos não têm explicação lógica e reverter a situação trágica em que eles se encontram faz qualquer um personagem se perder facilmente. Fora que mortes ocorridas no início do filme, forçam a ideia que isso seria necessário para que o casal protagonista tenha mais força na trama e sejam louvados como heróis. Logo, garantir a simpatia do público com o mocinho e a mocinha é bem mais importante do que levar até o fim um potente time para combater dinossauros descontrolados que ameaçam o mundo inteiro.

Com gafes já apontadas, como o ato de acender um fósforo molhado e Bryce Dallas Howard correndo (e muito) de salto alto, fora os animais jurássicos em uma velocidade acima do normal (como aponta especialistas) e apresentando uma postura de serial killers e não de predadores; o fraco roteiro de Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros, escrito pelo diretor Colin Trevorrow, Derek Connoly, Amanda Silver e Rick Jaffa, caminha para a sua conclusão apegado ao ditado “No final tudo dá certo” e transparece que, em uma situação delicada e improvável em meio a uma garantida e visivelmente fácil domesticação dos dinossauros, sempre haverá uma forma de derrotar, basta saber qual é. Assim temos uma visível preocupação só em alimentar o teor de medo no filme (que até tem uma bela e inovadora trilha sonora de Michael Giacchino;), agregado aos já por mim elogiados efeitos, diminuindo os avanços de conteúdo presentes em filmes do gênero, como pôde ser visto nos últimos dez anos. Talvez isso tenha sido esse o motivo em fazer o agora tão autocrítico Steven Spielberg se limitar a assinar apenas a produção executiva do filme.


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