JURASSIC WORLD - O MUNDO DOS DINOSSAUROS
DIREÇÃO: Colin Trevorrow
ELENCO: Chris Pratt e Bryce Dallas Howard
A
Costa Rica, famoso país da América Central, é o palco desse filme que dá
continuidade a famosa franquia iniciada no início da década de 1990. O Jurassic
Park é aberto ao público, que acompanha números performáticos e até passeiam
perto dos dinossauros. Porém, projetos científicos feitos nesses seres extrapolam
o limite e eles passam a ser uma séria ameaçada a sociedade.
A
linha de filmes Parque do Dinossauros marcou o cinema, sendo bastante celebrada
até hoje, mas é bom ressaltar que ela jamais foi sinônimo de qualidade, e sim
um novo avanço para a parte técnica cinematográfica, que até então parecia ter
estagnado após o Guerra das Estrelas. Com uma escassez de filmes com o tema
jurássico, talvez a ideia tenha sido não deixá-los em extinção também na sétima
arte, ou então nada disso. Mas ninguém pode dizer que um filme assim não seja
bem vindo.
A
trama tem positivamente em sua consciência de que trata-se de uma sequência e
traz fidelidade ao tempo, exibindo avanços tecnológicos e reais para como seria
a reinserção dos dinossauros na atualidade, assim como o montar de um parque
temático de primeiro mundo com artifícios inovadores não difíceis de existirem
e que não chocam. É nesse ponto que mostram-se bastante louváveis os efeitos
visuais e sonoros, que não perdem a supremacia já conhecida.
Agora
nem os pontos que poderiam dar um ar mais positivo na construção de um filme de
ação são suficientes para salvar a obra. Jurassic World – O Mundo dos
Dinossauros é extremamente cansativo, numa aliança de clichês com a própria
falta de explicação dos fatores ali envolvidos.
Não
dá pra engolir tão bem um casal à beira de um divórcio, com seus dois filhos,
sendo que um deles é uma criança apaixonada por aventura e o outro é um
adolescente com incontroláveis impulsos adúlteros, que são enviados para passar
as férias com a tia, que se não é chata, pelo menos é desligada, e claro que
acaba tendo uma quedinha amorosa pelo malandro expert no assunto trabalhado no
filme. Este último caso é bem a cara da Uhura e do Kirk de Star Trek. Ou seja,
algo que todos já viram em diversos filmes e sendo muito mal usado, se
mesclando a uma concepção de trama em cima dos “animais-vilões” que são daquele
jeito porque têm que ser assim, afinal, caso contrário os objetivos da produção
não seriam supridos. As mutações genéticas sofrida pelos mesmos não têm
explicação lógica e reverter a situação trágica em que eles se encontram faz
qualquer um personagem se perder facilmente. Fora que mortes ocorridas no início
do filme, forçam a ideia que isso seria necessário para que o casal
protagonista tenha mais força na trama e sejam louvados como heróis. Logo,
garantir a simpatia do público com o mocinho e a mocinha é bem mais importante
do que levar até o fim um potente time para combater dinossauros descontrolados
que ameaçam o mundo inteiro.
Com
gafes já apontadas, como o ato de acender um fósforo molhado e Bryce Dallas
Howard correndo (e muito) de salto alto, fora os animais jurássicos em uma
velocidade acima do normal (como aponta especialistas) e apresentando uma
postura de serial killers e não de predadores; o fraco roteiro de Jurassic
World – O Mundo dos Dinossauros, escrito pelo diretor Colin Trevorrow, Derek
Connoly, Amanda Silver e Rick Jaffa, caminha para a sua conclusão apegado ao
ditado “No final tudo dá certo” e transparece que, em uma situação delicada e improvável
em meio a uma garantida e visivelmente fácil domesticação dos dinossauros,
sempre haverá uma forma de derrotar, basta saber qual é. Assim temos uma
visível preocupação só em alimentar o teor de medo no filme (que até tem uma
bela e inovadora trilha sonora de Michael Giacchino;), agregado aos já por mim
elogiados efeitos, diminuindo os avanços de conteúdo presentes em filmes do
gênero, como pôde ser visto nos últimos dez anos. Talvez isso tenha sido esse o
motivo em fazer o agora tão autocrítico Steven Spielberg se limitar a assinar
apenas a produção executiva do filme.
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