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quarta-feira, 19 de maio de 2021

MORTAL KOMBAT - O FILME


MORTAL KOMBAT
DIREÇÃO: Simon McQuoid
ELENCO: Jessica McNamee, Hiroyuki Sanada, Ludi Lin e Josh Lawson 


Cole Young é um lutador de MMA, que, sem saber, é dono de uma herança milionária. Ele passa a ser perseguido, e, temente com a segurança de sua família, ele busca pessoas de grande força física e poderes sobrenaturais para protegerem a todos. Com tais companhias, ele passa a ter novas e melhores noções de luta, que são muito necessárias, visto que ele está prestes a embarcar no grande duelo de sua vida.


Juro que não é minha intenção procurar ser cruel demais com Mortal Kombat - O Filme. Até mesmo porque não se trata de um filme péssimo, apesar de estar anos-luz de ser um filme bom. Ele é daquele tipo de longa que jamais acreditei que um dia ganharia uma sequência ou um remake (como este). Não por não achar que havia necessidade para tal, e sim porque eu sinceramente nem me lembrava que essa franquia existia e que alguém, em pleno século XXI, teria uma ideia como esta.

A obra é o primeiro longa-metragem dirigido pelo cineasta australiano Simon McQuoid, que até então só havia feito um curta-metragem de 1 minuto, chamado The Night-Time Economy. Não pode-se deixar de admirar certas boas intenções por parte dele, pois só o início de Mortal Kombat - O Filme se leva a sério demais, ao ponto de investir em um trilha sonora ao estilo dos super-heróis da Marvel e, à princípio, ambientar-se em uma localidade oriental, numa clara alusão de que os clássicos jogos da Nintendo na década de 1990, tinham como país de origem, aqueles situados na Ásia. Em especial, o Japão, é claro. E falando no game que serve de referência para a película, uma só luta já é o suficiente para ser enxergado um incontrolável jorrar de sangue, tais quais os duelos que aqueles que, assim como eu já passaram dos 30 anos, se cansaram de ver na tela da TV. 

Mas reiterando-se o fato de Mortal Kombat - O Filme não ser um filme bom, pode-se tranquilamente afirmar que ele deve ser equiparado a uma espécie de filme mudo da pior qualidade, no tocante em que ele pouco se põe a explicar, para assim logo ir para os finalmentes, que não são grandes coisas. Admite-se que a fotografia de Germain McMicking, da série True Detective, é até bonita, e os golpes buscam ter uma fidelidade ao videogame, mas é fato que chegam momentos em que pensa-se, com a pior das expectativas, que os personagens estarão voando e se enfrentando em cima de bambuzais, como em O Tigre e o Dragão. A diferença é que este fato ao menos funcionou no premiado filme taiwanês do diretor Ang Lee.

Curiosamente, Mortal Kombat - O Filme também enche seus personagens de novas chances ou vidas, antes do temido game over. Tal como os Cavaleiros de Zodíaco, não é de se espantar vê-los levando facadas que atravessam o corpo, mas estão longe de levá-los a óbito. O elenco é dedicado, não há de se criticar, nem rebaixar nenhum deles. Acredito que todos até merecem esta visibilidade para encontrar um bom lugar ao sol em Hollywood. Só lembro do jovem malaio Henry Golding, que fez muita coisa constrangedora, até se consagrar em excelentes filmes e virar um querido ator da nova geração.

Em meio a duelos mal ensaiados, o show de alusões e referências é interessante, assim como a recordação de que, como num game, nem sempre os favoritos ganham e zebras acontecem até nas primeiras rodadas. Um simples "ok" pode ser a resposta da comunidade cinéfila à Mortal Kombat - O Filme. Tiveram a ideia, alimentaram uma falsa nostalgia e entregaram um filme. Dentre os adjetivos, o melhor a ser aplicado é "esquecível". Caso contrário, podem ser dadas ideia de novas e não sonhadas ressurreições. Já pensou remakes para "Street Fighter" e "Super Mario"?! É nessas horas que a crítica também gostaria de ter um controle em mãos!  


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