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segunda-feira, 13 de abril de 2015

SIMPLESMENTE ACONTECE


SIMPLESMENTE ACONTECE
DIREÇÃO: Christian Ditter
ELENCO: Lilly Collins e Sam Claflin


Amigos inseparáveis, desfrutando de todas as maravilhas e dificuldades da infância, juventude, escola e família. Esses são Rosie (Lilly Collins) e Alex (Sam Claflin). Sim, trata-se de uma improvável (?) amizade entre um homem e uma mulher, bem estruturada mesmo com a atração que pode brotar com a fase de transição que a juventude impunha. O rapaz muda-se para os Estados Unidos, após ser aceito para estudar Medicina em Harvard. A distância pode até fazer com que um não esteja a par da vida do outro, mas sempre haverá uma ligação entre os dois.


Simplesmente Acontece não é uma obra de fácil aceitação para quem tem a crítica de cinema como função. E só a sinopse já pode afugentar muita gente. Os ingredientes de um filme tipicamente jovem podem denotar negatividade, pois corre o risco de ser uma obra que carrega grandiosos clichês nas costas, aliados a um típico belo casal jovem, que, por si só, deve atrair um público pipoca. Felizmente não é tão ruim quanto parece e verdadeiramente vale a pena. Mas baseado no que foi falado até aqui, o filme chegou sim a ser mal recebido por uns, por isso, dizer que ele foi mal interpretado não é exagero.

Deixemos os autores livres para montarem suas obras como bem entenderem, mas se eles preferem fazê-las de maneira contemporânea, cabe apontar que está mais do que ultrapassado o ato de estruturar tramas jovens em panelinhas masculinas e femininas, ou melhor falando, clube do bolinha e clube da luluzinha. Impor uma interrogação ao chamar de improvável uma amizade entre homem e mulher é mais do que natural para os padrões atuais, por que de fato existe, e Simplesmente Acontece a trabalha de maneira eficaz, focalizando desde o acompanhar em festa, a primeira bebedeira, as confidências amorosas, a construção de sonhos... e tudo isso sobre total amparo dos pais de ambos, que dão força e autenticidade àquela amizade. Quem vive dessa forma não considera o filme uma quebra de paradigmas.

Como não poderia deixar de ser, há a famosa separação antes do adentrar a faculdade, onde, por mais triste que seja, consegue haver um sentimento amenizado pela certeza de que aquele elo continuará, e as vitórias na vida de um são as comemorações da vida do outro. Para não dizer que o filme seja muito bom, talvez a insistência em alguns segredos por ambas as partes podem ter sido uma forçação de barra por aquilo que o filme exibira, mas louva-se a reinserção de alguns personagens na trama, seja de maneira inteligente ou de maneira hilária.

Protagonizando Simplesmente Acontece temos os jovens atores Lilly Collins e Sam Claflin, que podem ainda não ter se jogado em filmes mais sérios para colocarem a prova o talento que, de fato, eles têm. Em contrapartida, jamais entregaram atuações constrangedoras, mesmo errando em algumas escolhas. Neste filme, a filha de Phil Collins reconhece sua Rosie como uma mulher imatura, mas que necessita de crescimento pessoal, pois vê sua filha crescendo a seus olhos, mas jamais se desfaz dos trejeitos joviais, que em hipótese alguma diminui a personagem. Claflin buscou a ingenuidade e seriedade do Alex, desprovido da exibição de seus atributos físicos que foram muito aproveitados em Jogos Vorazes – Em Chamas. O jovem amadurece com o personagem, justificando no auge da abordagem masculina em cima do mesmo, a exibição de um caráter responsável e dos vacilos que ele estava propício.

No que o filme devia investir num relacionamento amoroso, Simplesmente Acontece conseguiu trabalhá-lo no momento certo e trazendo fatos sucintos para justificá-lo. Se uma grande amizade perdura a muita tempo e se há realmente uma afinidade entre os mesmos, então porque não elevá-la para outro nível? Um namoro ou um casamento, por exemplo. Mas aí, fica a dúvida se o fator amizade pode sobressair. Afinal, os psicólogos defendem que namoro e casamento não podem ser somente uma sociedade. Por isso o filme o exibe em uma única cena. Não cabe nem ao diretor, nem a roteirista, nem ao público decidir como o casal tocará sua vida para frente. Deixemos eles decidirem.

Apelando para uma agradável relação, sem exageros, nem decepções deploráveis, Simplesmente Acontece é daqueles filmes simples que pode ser esquecido, mas dá para se sentir bem vendo-o e não há problema algum em prestigiá-lo mais vezes.


1 comentários:

Kamila Azevedo disse...

Gosto de comédias românticas. Essa me parece ser bem clichê. De toda maneira, assistiria ao filme sem problemas!