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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

IT - A COISA



IT - A COISA
DIREÇÃO: Andrés Muschietti
ELENCO: Bill Skarsgard, Javier Botet, Owen Teague, Jaeden Lieberher e Nicholas Hamilton


Em uma pequena cidade, o desaparecimento de crianças vem chamando a atenção da população. Não imunes ao tormento, um grupo de jovens se depara a um palhaço diabólico chamado Pennywise e terão que superar esse temor secular, para derrotar esse inimigo que é o responsável pelos males dessa sociedade.


Só mesmo uma obra adaptada de um dos principais livros de Sthepen King, e que hoje alcança números históricos no cinema de terror, para me fazer escrever sobre um filme do gênero neste blog. Não quero bancar o preconceituoso. Pelo contrário, não me sinto censurado a assistir qualquer película, independente de gênero ou temática, mas ao mesmo tempo tenho que admitir que filmes de terror não são os meus preferidos, mas eu tinha uma crença de que It – A Coisa ia em muito me agradar. Neste caso, minha intuição não falhou.

Dirigida pelo cineasta argentino Andy Muschietti (responsável por Mama), a obra aqui avaliada, passa-se na década de 1980, e ao focalizar sua trama em personagens pré-adolescentes, permite que seu prólogo invista em cenas que fomentam a tenebrosa cultura do porão e típicas situações escolares americanas, como a do valentão agredindo os mais indefesos. À primeira vista, poderiam ser belos exemplos de clichês, mas tal prática não pode ser prematuramente condenável, visto que clichês podem vir a serem bem usados, constituindo assim uma base para um filme e que resulta no sucesso da história. James Cameron já provou isso em Titanic e Avatar, e It – A Coisa passa a fazer parte da estatística.

Com um ritmo bastante ágil, o filme cria figuras e casos sem investir em delongas, e seu principal antagonista dá as caras logo da maneira mais aguardada: a famosa cena do bueiro, que por sinal é única e tal intenção propicia um uso diversificado e positivo de espaço a todos os personagens. Voltando a primeira aparição de Pennywise, ela mostra que ali, o grau de periculosidade do palhaço e o nível de horror que o filme conseguiria atingir já estava sendo posto à prova. Logo, eis um acerto de Muschietti de querer ser impactante com o início de It – A Coisa, e felizmente aquilo que ele almejara, surtiu todo o efeito.

Sabendo da responsabilidade que é levar às telonas a adaptação de uma obra de Sthepen King, o filme consegue dosar o medo, a atividade antagonista com grandiosos efeitos visuais que fazem jus a atualidade, e o enigma existente nos personagens secundários, que desde a vizinha testemunha do primeiro assassinato aos machões da escola que eram capazes de marcar um nome com faca na barriga de alguém, já se sabia que poderia estar sendo tramada uma evolução no grau de perversidade deles, que uniam-se à criação de fatos sobrenaturais, típicos do imaginário infanto-juvenil e que em tela eram precedidos pela aparição de um balão vermelho flutuante, que não deixava de ser um alerta para o espectador, para prepara-lo a uma bela dosagem de medo em cada ato.

O time de jovens que leva a trama segura bem suas funções, mostrando que sabem perfeitamente trabalhar em equipe, seja enquanto personagens ou atores. É inevitável associá-los a série Strangers Things, mas vale ressaltar que eles não são uma cópia, mas sim o objeto de inspiração ao atual sucesso da televisão mundial, por terem sido concebidos na década de 1980, como It – A Coisa faz questão de sempre ressaltar, retratando inclusive com primor cenários e objetos do período, e inclusive citando ídolos jovens da época, como a atriz Molly Ringwald (estrela de A Garota de Rosa Shocking e Clube dos Cinco).

Hipnotizante dentro e fora das telonas, It – A Coisa, com poderosas doses de pânico, constrói-se imune a artificialidades, sem perder a eficácia, em meio a mocinhos carismáticos lidando com um palhaço que tem seu poderio maléfico elevado ao extremo, o que denotou que, mesmo que um final feliz possa ser regra, o ato de se preparar para um trunfo vilanesco consume o público, que agora se depara a um mais autêntico duelo do bem contra o mal em filmes de terror, deixando todos dispostos a mais experiências do tipo. 



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