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sábado, 5 de maio de 2018

OS VINGADORES - GUERRA INFINITA


OS VINGADORES – GUERRA INFINITA
DIREÇÃO: Anthony e Joe Russo
ELENCO: Chris Evans, Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Anthony Mackie, Elizabeth Olsen, Chris Pratt, Zoe Saldana, Chadwick Boseman e Tom Holland 


Thanos é um explosivo e perigoso ser do mal, que adentra o nosso planeta para pôr em prática um devastador projeto que pode acabar com o universo. Com isso, um seleto grupo de poderosos super-heróis se unem para uma arriscada jornada, com o intuito de livrar a raça humana da destruição.


Agora mais do que nunca se faz necessário que a Marvel invista na reunião de todos os seus super-heróis, até mesmo porque as obras anteriores, nas quais tal fato fora investido, não haviam parâmetros para comparações pertinentes ao universo do gênero. Já que a DC Comics lançou a sua Liga da Justiça, o filme aqui avaliado torna-se diferente e especial, pois agora ele vai para um grande e maior embate entre poderosos estúdios, e tenta se sobressair aos medianos dois primeiros filmes da franquia. Ele conseguiu a proeza? Sim, e com louvor.

Bastou Os Vingadores – Guerra Infinita ser lançado, para o nome Thanos ganhar mais destaque que qualquer herói, e basta conferir o primeiro ato do filme para se notar o quão em evidência ele está. Dirigida pelos jovens cineastas Anthony e Joe Russo (sim, eles são irmãos e responsáveis por outros filmes da Marvel), a obra mostra, sem delongas, que agora chegou a vez dos vilões, onde numa já esperada batalha inicial, comumente equilibrada entre protagonismo e antagonismo, se vê aqui que não há chance alguma para a parte benevolente da história, já que todos estão previamente derrotados, e até o todo poderoso e incrível Hulk (perdão pelo trocadilho no adjetivo) se mostra bem abaixo daquilo que tem que enfrentar. Para os terráqueos, apenas uma informação: Thanos está chegando e não é exagero dizer que o destino do universo está em jogo.

Confesso que estranhei a atitude de Os Vingadores – Guerra Infinita de colocar praticamente todos os seus super-heróis no grupo (inclusive o recém-celebrado Pantera Negra), que cresceu numericamente de maneira considerável, comparado ao primeiro filme da saga. Mas aí a decisão passa a ter sentido com o bom roteiro escrito por Christopher Markus e Stephen McFeely (que antes de migrarem para este gênero, roteirizaram a franquia As Crônicas de Nárnia), pois se o inimigo é o mais difícil a ser confrontado, não se pode economizar na força necessária para fazer com que os vingadores triunfem novamente. Logo, as mais de duas horas de filme apresentam ousadia, originalidade e criatividade tanto na trama, quanto na parte técnica (principalmente os efeitos visuais), que acabam sendo notavelmente condizentes com os objetivos da obra.

Para o público que acompanha, há uma deliciosa satisfação a cada aparição de um novo personagem, mesmo que tardiamente; e para os meus conterrâneos, foi muito bom ver os Lençóis Maranhenses novamente em Hollywood (eles também não passam despercebidos na linha Cinquenta Tons de Cinza). Finalmente incutidos no grupo, os personagens de Guardiões da Galáxia levam para a obra o humor saudável que ela necessitava, e conseguem se adaptar bem ao novo “universo”, mesmo que eu ache que o grande potencial de Chris Pratt não tenha sido aproveitado num ótimo filme, que, por horas, fez de uma busca por joias, uma metáfora de uma procura por um anel precioso, que os cinéfilos acompanharam há algo em torno de 15 anos.

Sendo características bem presentes nos filmes da Marvel, os dramas familiares ganham força maior em Os Vingadores – Guerra Infinita, interferindo ainda mais na história, já que isso serve de ponto fraco para os heróis e de alimento para o aumento na perversidade de Thanos – o que brota em cada herói, o afã de logo destruir o vilão, numa atitude que seria mais uma questão de honra individual, do que uma medida para proteger uma sociedade. E neste filme, funcionou melhor o poder do diálogo entre os vingadores, em meio a um grande ego que cada um carrega. Desta vez, o que pôde ser visto foi um posicionamento no lugar e no momento certo, pois havia sim um objetivo comum a ser alcançado, e diante das adversidades, quem se entregasse, poderia vir a pagar um preço alto, mas curiosamente seria algo profundamente humanitário – o que não diminuiria nenhum deles.

Como não costumamos ver na sétima arte, a Marvel criou para Os Vingadores – Guerra Infinita, um vilão teoricamente imbatível – fato que também se comprovou na prática. E o filme, corajosamente investiu em um final que emocionou a muitos (não a mim, confesso!) e que não segue uma linha de raciocínio lógica para qualquer espectador. Seria esse um fator negativo para a obra? De forma alguma, pois fica uma lição: o próprio gênero de super-heróis nos dá inúmeras provas de que os antagonistas conseguem se reinventar e se reerguerem. Então, porque os nossos defensores também não podem? Ali, naquela ocasião, não havia outro jeito, mas que ninguém se esqueça: a guerra é infinita. A Marvel conseguiu alcançar o seu ápice.  


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