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domingo, 15 de julho de 2018

HOMEM-FORMIGA E A VESPA


HOMEM-FORMIGA E A VESPA
DIREÇÃO: Peyton Reed
ELENCO: Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas, Laurence Fishburne e Michelle Pfeifer


Scott Lang é um sujeito que vê sendo multiplicadas as preocupações existentes no acúmulo das funções de pai e super-herói. Diante desse quadro que nunca ameniza, ele é convocado para uma nova missão, onde segredos do passado e perigos atuais e futuros devem ser desvendados e vencidos, de acordo com a sua gravidade.


Não se pode haver tanta ingenuidade em negar o fator comercial existente por trás da grande leva de filmes que a Marvel lança anualmente. Grandes números de bilheteria são inevitáveis, agradando em muito o bolso dos executivos do estúdio. Mas há de se admitir que há também uma grande iniciativa de querer imediatamente encobrir um fracasso qualitativo, da mesma maneira em que o afã de se celebrar um auge é mínimo. O que se pode dizer é que a sequência atual da Marvel é bastante positiva, e Homem-Formiga e a Vespa acaba sendo uma grata surpresa para uma obra que possui uma popularidade tão vulnerável a passar incólume.

É lógico que dentre todos os super-heróis do universo Marvel, o Homem-Formiga traz consigo um baixo destaque e inclusive uma irrelevância, tanto que foi até questionada a sua presença em Capitão América: Guerra Civil. Só que ainda há uma insistência na promoção do personagem, e pelo que o fora visto neste filme aqui avaliado, tal ato foi bastante positivo. Dirigido por Peyton Reed (responsável pelo primeiro filme da franquia), Homem-Formiga e a Vespa, roteirizado pelo protagonista Paul Rudd, em parceria com Chris McKenna, Erik Sommers, Andrew Barrer e Gabriel Ferrari, mostra fidelidade com a proposta apresentada com a sinopse, e monta um herói imune a uma bipolaridade, mas encarando a naturalidade existente num homem que não consegue usufruir dos prazeres alheios, sofre com a sua separação da filha, e ao mesmo tempo sabe da responsabilidade ao encarar uma situação em que muitas vidas estão em jogo. Criado numa concepção extremamente racional, o Homem-Formiga se apresenta como um ser capaz de derrubar crenças e mitos, mesmo em momentos cômicos, e entrega para o espectador um mundo comum, onde diríamos que somente os personagens da Marvel são suficientes para levar paz e tranquilidade a todos.

Diante de um cinismo misturado com o gigantesco carisma de Paul Rudd, detalhes do filme conseguem comprovar que suas características físicas incoerentes com o gênero da obra e o personagem, não são suficientes para tirar de Homem-Formiga e a Vespa o aspecto destemido do protagonista em meio a excelentes sequências de ação, num aprimoramento dos efeitos visuais e sonoros da obra, comparado ao primeiro da série. Sob dramas e ironias, a película ainda surpreende com um vilanismo humanitário, onde o maquiavelismo não está tão presente nos antagonistas, que, por sinal, podem até ganhar certa simpatia do público, em uma jogada que em nada prejudicou o enredo.

Suas quase 2 horas de duração são capazes de fazer com que qualquer ser que assista a Homem-Formiga e a Vespa, esteja sempre a torcer por cada iniciativa, inclusive o encontro da personagem de Michelle Pfeifer, numa obra que exalou esperteza e inteligência em sua concepção, onde, mais do que nunca, as formigas passam a marcar o seu território com total capacidade de brindar o espectador com duelos épicos que resultaram em um desfecho incomum, talvez não tão popular, porém justo.

Em um ano em que a Marvel vive uma glória por ter entregue 3 excelentes filmes (Pantera Negra, Os Vingadores – Guerra Infinita e Deadpool 2), é fato que Homem-Formiga e a Vespa, por inúmeros motivos, não se colocou tanta responsabilidade em fazer de si própria uma excelente obra, e talvez tenha sido isso o principal ingrediente para que buscasse ser uma trama valorizável, e que no final das contas recebeu um gigantesco feedback proporcional as qualidades propostas para um filme em que muitos se recusaram a botar tanta fé. 


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