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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

MISSÃO IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT


MISSÃO IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT
DIREÇÃO: Christopher McQuarrie
ELENCO: Tom Cruise, Henry Cavill, Angela Bassett, Ving Rhames, Simon Pegg e Rebecca Ferguson


Como nada é perfeito neste mundo, Ethan Hunt falha em uma missão, mas não se dá por vencido e luta contra o tempo, junto a sua equipe, para reverter a situação e recuperar uma peça que, nas mãos das pessoas erradas, será muito prejudicial para a sociedade mundial. Mas no meio desse caminho, surpresas e traições o aguardam.


Após assistir Missão Impossível – Efeito Fallout, fiquei me perguntando se a comunidade cinéfila mundial ainda vai persistir em subestimar esta franquia que, ao passo que foi uma grande peça de entretenimento nos seus três primeiros filmes, passou a ser um baluarte de qualidade nas películas seguintes, além de ser uma referência em sonoplastia, e um sopro de paz para ainda levarem o mediano ator Tom Cruise a sério.

Entendedores não conseguem segurar as gargalhadas com uma cena inicial em que um casamento vira um pesadelo (literalmente falando) para Ethan – o que não deixa de ser uma ironia, se levarmos em consideração a vida pessoal do protagonista, que leva a série Missão Impossível no sangue. Mas o filme não se faz com piadas e nem é uma piada, principalmente porque os inimigos não acabam. Pelo contrário, eles se multiplicam, mesmo com capturas e mortes, e, incrivelmente, até os inimigos dos inimigos entram nesse balaio de antagonismo que assola a obra, mas em nada a prejudica.

Dirigido e escrito por Christopher McQuarrie (grande parceiro profissional de Tom Cruise e vencedor do Oscar de Roteiro Original com Os Suspeitos, em 1996), Missão Impossível – Efeito Fallout impressiona com uma linda fotografia do desconhecido Rob Hardy, que faz um incômodo, porém perfeito jogo de cores escuras, num filme que se estrutura em ameaças cada vez maiores, contra aqueles que prezam pela segurança de um planeta e ainda por cima têm que adentrar em uma batalha de egos dentro do próprio grupo. Mas como a intenção da obra não é essa, vale dizer que ela não espera nada para dar início a fortes cenas de ação em confrontos precedidos pelo perigo ao extremo, onde destaca-se a luta pela sobrevivência em um salto de paraquedas, onde o August (personagem de Henry Cavill) é atingido por um raio.

Ciente de um dos pontos forte da franquia, Missão Impossível – Efeito Fallout faz um grande aprofundamento em questões como inteligência secreta, recheada de metáforas que podem apontar que a pesca, na verdade, nada mais é do que a isca. Assim, a surpresa também se encontra residente na arte da mudança de planos, que torna tudo cada vez mais emocionante.

Ampliando o seu poderio em cenas de perseguição no trânsito, capaz até de colocar o recente e ótimo Em Ritmo de Fuga no bolso, o filme segue uma linha em que finalmente, como se suspeitava, verdades secretas vêm a tona, capazes de mostrar que o antagonismo não é vilanesco por puro prazer, mas pode sim ter razões que “justifiquem” a sua criminalidade, chegando ao ponto de até tornar o vilão benevolente.

Botando em pratos limpos quem é quem, Missão Impossível – Efeito Fallout em momento algum quer perder a sua essência, e como respira a ação incontrolavelmente, transforma até o céu como palco principal da jornada dessa obra, que sem dúvidas é o melhor filme de uma franquia que entregou meia-dúzia de obras, mas que agora, mais do que nunca, não será capaz de despertar na comunidade cinéfila o pensamento de que é hora de parar. Que venham mais missões impossíveis!


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